Identificação

 

É a maior águia que ocorre em Portugal. Possui asas longas e cauda comprida. Nos adultos, a plumagem é geralmente castanho-escura e a nuca apresenta uma cor entre o castanho-claro e o amarelo-dourado. A ponta do bico é negra e as patas são amarelas. Em voo, as pontas dos “dedos” são bem visíveis. Quando paira, costuma manter as asas levantadas (em forma de V aberto) e os “dedos” curvados para cima.

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Onde ocorre

 

A águia-real está presente nas serras do Noroeste, serras do Alvão e do Marão, Alto Douro e Nordeste Transmontano, Alto Tejo e Vales do Guadiana. A águia-real é considerada uma espécie residente e estima-se que aproximadamente 70% da sua população nidifique no Nordeste de Portugal.

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Onde vive

 

A águia-real habita preferencialmente zonas remotas, com encostas íngremes e agrestes, em geral com escarpas rochosas, situadas em regiões montanhosas e vales de grandes rios.

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O que come

 

A sua dieta é baseada em presas de média dimensão, principalmente lagomorfos (coelho-bravo e lebres), grandes répteis, aves diversas e carnívoros. Em períodos de menor disponibilidade alimentar, é frequente alimentar-se de cadáveres de animais, sendo, desta forma, uma ave parcialmente necrófaga.

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Pode deslocar-se em territórios a rondar os 200km2 à procura de alimento e consegue voar longas distâncias em poucos minutos. Quando está a caçar, pode lançar-se sobre uma presa a mais de 200km/h.

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Como vive

 

Cada casal possui extensos territórios de vários quilómetros quadrados e a sua dimensão depende da abundância e disponibilidade de presas. É uma espécie monogâmica e a ligação entre o macho e a fêmea é muito longa, sendo quebrada somente quando um deles morre.

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Cada território possui um número variado de ninhos que o casal ocupa alternadamente todos os anos. Ambos os progenitores cuidam das crias, normalmente 1 a 2 por ano, e a nidificação no território nacional ocorre entre março e julho.

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A águia-real pode ser avistada durante todo o ano, mas a sua observação é mais fácil no início da primavera, quando efetua as paradas nupciais.

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Estatuto de conservação e ameaças

 

Esta espécie encontra-se ameaçada, estando classificada como “Em Perigo” por apresentar uma população muito reduzida.

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As principais ameaças à águia-real são: perseguição humana através do abate a tiro, colisão e eletrocussão em linhas aéreas de distribuição e transporte de energia, diminuição das populações de coelho-bravo, abandono e alteração de diversas práticas agropecuárias tradicionais, perturbação humana, degradação dos habitats, instalação de parques eólicos e falta de sensibilização ambiental.